
Sou “antiga”. Minhas profissões originais quase não existem mais. Mas
Bom dia.
Hoje experimentei um café novo para o meu paladar. Tenho consciência que paladar depende de experiências outras, percepções, visão de mundo, culturas.
Quando comecei a entender um pouco mais sobre cafés, aprendi que o café oriundo da região da Índia eram ensacados em savos de aninhagem, colocados nos navios com casco de madeira e partiam em direção a Inglaterra.
Os meses em um porão de navio com casco de madeira (carvalho?) deixava o grão de café ligeiramente salobro.
Esse tipo de café construiu o paladar daquela região.
Quando comprei esse café já sabia dessas história, portanto, tenho consciência.
Contudo, nesse caso atual, a indústria é italiana. Confesso uma ponta de decepção. Pelo que eu saiba até o momento, a Itália não tem plantação de café em solo próprio, portanto depende de grãos de outros países. Depende de outros sabores para “manter o paladar italiano.
Para exemplificar, dados de MKT, apontam que o brasileiro rejeita o suco de laranja “artificial ” por termos em nosso solo excesso da fruta…conhecemos por experiência própria, o sabor da fruta, o mesmo ocorre com o café em outras culturas. Temos o paladar para o “nosso” café.
Talvez por isso, eu tenha tido estranheza quanto ao sabor.
Vamos lá a uma pequena análise:
Torrefação: médio clara.
Moagem: extra fina
É ligeiramente adstringente na língua.
Amargor presente.
Depois de coado, o líquido resultante é bem escuro.
É produto direcionado ao paladar daquela cultura.
Enfim, eu não recompraria esse café/marca, mas tem quem goste.